Diretorias e Chefias
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Histórico Evolutivo das Diretorias e Chefias da Escola Paulista de Enfermagem
Nomeações da Instituição ao longo das décadas:
Bem-vindos à Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo
Um centro de excelência acadêmica e berço de profissionais de Enfermagem que moldam o cuidado em saúde no Brasil: a atual Escola Paulista de Enfermagem (EPE) foi criada por professores visionários da Escola Paulista de Medicina (EPM), que perceberam a necessidade de atuarem próximos a enfermeiros, para formarem e atenderem estudantes com qualidade. Coube ao vice-diretor da EPM, Álvaro Guimarães Filho, bastante religioso e próximo ao bispo da arquidiocese de São Paulo, solicitar a Dom José Gaspar de Adonswca e Silva que trouxesse enfermeiras religiosas da França para atuarem no então Pavilhão Maria Teresa, embrião do Hospital São Paulo (HSP), criado em 1940. Posteriormente, as enfermeiras religiosas e professoras chegaram à escola de enfermeiras. Hoje, vamos revisitar a história e as características das chefias da EPE, das diretoras e do diretor da EPE, assim como, das chefes do Departamento de Enfermagem, instituição que, há décadas, tem formado profissionais comprometidos com o cuidado humano e científico com as pessoas, com o ensino, com a pesquisa e com a extensão. Os profissionais formados por essa escola têm recebido reconhecimento nacional e internacional pelas suas inovações e dedicação à saúde. Os professores que estiveram à frente da gestão, ao longo do tempo, demonstraram suas características pessoais e realizaram feitos necessários para cada época. Todos foram extremamente importantes para a construção e a manutenção da escola de Enfermagem mais antiga do estado de São Paulo, que há 85 anos tem formado profissionais em níveis de graduação e pós-graduação Lato Sensu e Stricto Sensu, consagrando-se como modelo para diferentes instituições de ensino.
Contextualização quanto às mudanças que ocorreram no nome da Escola Paulista de Enfermagem
A trajetória da EPE da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) é marcada por uma evolução significativa ao longo do tempo. Ao iniciar suas atividades como Escola de Enfermeiras do Hospital São Paulo (EEHSP), em 1939, a instituição inicialmente tinha como objetivo a formação de enfermeiras religiosas para atuarem no Hospital São Paulo (HSP) e nas demais instituições de saúde.
Em 1968, a EEHSP foi renomeada para “Escola Paulista de Enfermagem”. Durante essa fase, a instituição expandiu seu escopo educacional além do HSP, buscando oferecer uma formação mais abrangente em Enfermagem.
Em 1977, a então Escola Paulista de Enfermagem foi federalizada como um departamento da EPM, refletindo uma mudança organizacional significativa. Portanto, passou a ser Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina.
Já em 1994, com a transformação da Escola Paulista de Medicina em Universidade Federal de São Paulo, o Departamento de Enfermagem passou a fazer parte da estrutura da universidade, refletindo uma mudança institucional mais ampla.
A partir de 2010, na elaboração do regimento da universidade, após intenso debate político, o Departamento de Enfermagem adquiriu o status de unidade universitária do campus São Paulo, tornando-se a “Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo”.
Essa jornada reflete não apenas mudanças no nome, mas também o amadurecimento institucional e o reconhecimento crescente da importância da Enfermagem na universidade, na comunidade acadêmica e na sociedade brasileira e mundial.
Em 2024, a EPE completa 85 anos com imensa gratidão a todos os personagens que contribuíram para sua história! Parabéns, EPE!
A fundação, em 1939...
Jeanne Josefine Roquet chegou ao Brasil em 13 de outubro de 1935, aos 24 anos de idade. De origem francesa, optou por se chamar Madre Marie Domineuc ao entrar, aos 18 anos, para a Congregação das Franciscanas Missionárias de Maria, em Chatelet, na França. Madre Marie Domineuc formou-se enfermeira e assistente social pela École de Enfermières de L’Assistance Publique, fundadora da EEHSP, porém, por não ter seu diploma revalidado, não pôde assumir a direção. Por este motivo, assumiu a direção do HSP entre os anos 1937 e 1947, mas sempre com importante influência nos rumos do ensino da EEHSP. Preocupada em assistir socialmente as mulheres grávidas desamparadas, fundou, em 1939, o Hospital Amparo Maternal. A Madre Marie Domineuc prestou enorme serviço à EEHSP. Figura aguerrida, substituiu Madre Maria das Dores e Madre Áurea nas suas ausências como diretora interina da escola.
Linha do tempo da Gestão ao longo das décadas...
Diretorias e Chefias
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Madre Maria das Dores foi a primeira diretora da EEHSP. Brasileira, diplomou-se pela Escola de Enfermagem Anna Nery, no Rio de Janeiro, e integrou o Instituto das Franciscanas Missionárias de Maria. Contudo, coube à enfermeira Madre Marie Domineuc, francesa, que atuava no Pavilhão Maria Teresa, ocupar interinamente a direção da EEHSP no momento de sua criação, em 1939, pois Madre Maria das Dores ainda não tinha seu diploma revalidado. Em setembro de 1939, Madre Maria das Dores tomou posse como diretora efetiva. Durante seu mandato, o então curso de Enfermagem, criado para formar especialistas em Enfermagem Obstétrica, foi reconhecido como Curso de Enfermagem pelo padrão da Escola de Enfermagem Anna Nery. Em 1942, após a formação da primeira turma, houve o reconhecimento da EEHSP pelo governo federal.
O ano de 1943 marcou o início de uma série de eventos históricos:
A Primeira Semana de Estudos de Enfermagem.
O Primeiro Congresso de Enfermeiras Religiosas.
A primeira reunião de diretoras de escolas de Enfermagem, no Rio de Janeiro.
O legado de Madre Maria das Dores ecoa até os dias de hoje. Sua visão e sua dedicação pavimentaram o caminho para uma Enfermagem desbravadora e qualificada. Ela não apenas moldou uma escola, mas também uma profissão. A história conta o sacrifício dela e das demais professoras que moraram no HSP enquanto ele era construído. Elas ocuparam os quatro primeiros andares em sua construção, e a escola funcionava dentro do hospital. A administração da escola e a diretoria de Enfermagem do hospital foi exercida pela mesma e pelas demais diretoras até 1970. A diretoria administrativa foi igualmente exercida por uma irmã da mesma congregação. É com profundo respeito e gratidão que lembramos da primeira diretora da EEHSP.
Madre ÁureaDiretora da Escola de Enfermeiras do Hospital São Paulo (1944 a 1945; 1948 a 1973)
Nascida Áurea Vieira da Cruz, deixou uma marca indelével na história da Enfermagem brasileira. Diplomada pela EEHSP, ela assumiu a direção da escola em 1944, mas, em 1945, solicitou licença para ingressar na Congregação das Franciscanas Missionárias de Maria, retornando como Madre Áurea Vieira da Cruz. Nesse período, novamente, Madre Marie Domineuc assumiu a direção da escola como diretora interina. Madre Áurea exerceu concomitantemente a direção da escola e da Divisão de Enfermagem do HSP até 1970, quando uma primeira ex-aluna passou a ocupar o cargo de Direção da Divisão de Enfermagem do HSP. Seu cargo de gestão da Direção da Escola Paulista de Enfermagem finalizou em 1972. Madre Áurea não apenas liderou a escola, mas também se destacou por sua atitude proativa em um tempo em que poucas mulheres se manifestavam publicamente.
Durante seu mandato, Madre Áurea buscou apoio não apenas do Ministério da Educação e Cultura, mas também da Prefeitura de São Paulo. Sua incansável dedicação resultou na conquista de um terreno para a construção do prédio da Escola de Enfermagem. Em 1972, a EEHSP ganhou maior status ao garantir uma sede física. Nesse mesmo ano, tiveram início dois cursos de especialização, sendo eles em Enfermagem Obstétrica e Obstetrícia Social e outro em Pediatria e Puericultura. O legado de Madre Áurea Vieira da Cruz permanece como um farol, iluminando o caminho para uma Enfermagem forte e comprometida. Sua determinação e visão moldaram não apenas uma escola, mas também toda uma profissão.
Francisca Nogueira Soares (Madre Maria do Cristo Redentor)Diretora da Escola Paulista de Enfermagem (1973 a 1976)
Esmeralda AugustoChefe do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina (1976 a 1982)
Lais Helena RamosChefe do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina (1982 a 1988; 1991 a 1994)
Rosa Apparecida Pimenta de CastroChefe do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina (1988 a 1991)
Lucila Amaral Carneiro ViannaChefe do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina (1994 a 2000) e Diretora da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (2011 a 2013)
Conceição Vieira da Silva OharaChefe do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (2000 a 2006)
Alba Lucia Bottura Leite de BarrosChefe do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (2006 a 2011)
Sonia Maria Oliveira de BarrosDiretora da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (2013 a 2015)
Janine SchirmerDiretora da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (2015 a 2019; 2019 a 2020; 2023 a 2027)
Alexandre Pazetto BalsanelliDiretor da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (2020 a 2023)
Jornada até os dias atuais...
Texto elaborado pelas: Profa. Dra. Alba Lucia Bottura Leite de Barros e Profa. Dra. Maria Angélica Sorgini Peterlini.
Por fim, seguem abaixo alguns registros da atual Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo...