Diretorias e Chefias

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Histórico Evolutivo das Diretorias e Chefias da Escola Paulista de Enfermagem

Nomeações da Instituição ao longo das décadas:

Bem-vindos à Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo


Um centro de excelência acadêmica e berço de profissionais de Enfermagem que moldam o cuidado em saúde no Brasil: a atual Escola Paulista de Enfermagem (EPE) foi criada por professores visionários da Escola Paulista de Medicina (EPM), que perceberam a necessidade de atuarem próximos a enfermeiros, para formarem e atenderem estudantes com qualidade. Coube ao vice-diretor da EPM, Álvaro Guimarães Filho, bastante religioso e próximo ao bispo da arquidiocese de São Paulo, solicitar a Dom José Gaspar de Adonswca e Silva que trouxesse enfermeiras religiosas da França para atuarem no então Pavilhão Maria Teresa, embrião do Hospital São Paulo (HSP), criado em 1940. Posteriormente, as enfermeiras religiosas e professoras chegaram à escola de enfermeiras. Hoje, vamos revisitar a história e as características das chefias da EPE, das diretoras e do diretor da EPE, assim como, das chefes do Departamento de Enfermagem, instituição que, há décadas, tem formado profissionais comprometidos com o cuidado humano e científico com as pessoas, com o ensino, com a pesquisa e com a extensão. Os profissionais formados por essa escola têm recebido reconhecimento nacional e internacional pelas suas inovações e dedicação à saúde. Os professores que estiveram à frente da gestão, ao longo do tempo, demonstraram suas características pessoais e realizaram feitos necessários para cada época. Todos foram extremamente importantes para a construção e a manutenção da escola de Enfermagem mais antiga do estado de São Paulo, que há 85 anos tem formado profissionais em níveis de graduação e pós-graduação Lato Sensu e Stricto Sensu, consagrando-se como modelo para diferentes instituições de ensino. 

Contextualização quanto às mudanças que ocorreram no nome da Escola Paulista de Enfermagem






A fundação, em 1939...

Jeanne Josefine Roquet chegou ao Brasil em 13 de outubro de 1935, aos 24 anos de idade. De origem francesa, optou por se chamar Madre Marie Domineuc ao entrar, aos 18 anos, para a Congregação das Franciscanas Missionárias de Maria, em Chatelet, na França. Madre Marie Domineuc formou-se enfermeira e assistente social pela École de Enfermières de L’Assistance Publique, fundadora da EEHSP, porém, por não ter seu diploma revalidado, não pôde assumir a direção. Por este motivo, assumiu a direção do HSP entre os anos 1937 e 1947, mas sempre com importante influência nos rumos do ensino da EEHSP. Preocupada em assistir socialmente as mulheres grávidas desamparadas, fundou, em 1939, o Hospital Amparo Maternal. A Madre Marie Domineuc prestou enorme serviço à EEHSP. Figura aguerrida, substituiu Madre Maria das Dores e Madre Áurea nas suas ausências como diretora interina da escola.

Linha do tempo da Gestão ao longo das décadas...

Diretorias e Chefias

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Madre Maria das Dores (1939 a 1944)Diretora da Escola de Enfermeiras do Hospital São Paulo (1939 a 1944) 

Madre Maria das Dores foi a primeira diretora da EEHSP. Brasileira, diplomou-se pela Escola de Enfermagem Anna Nery, no Rio de Janeiro, e integrou o Instituto das Franciscanas Missionárias de Maria. Contudo, coube à enfermeira Madre Marie Domineuc, francesa, que atuava no Pavilhão Maria Teresa, ocupar interinamente a direção da EEHSP no momento de sua criação, em 1939, pois Madre Maria das Dores ainda não tinha seu diploma revalidado. Em setembro de 1939, Madre Maria das Dores tomou posse como diretora efetiva. Durante seu mandato, o então curso de Enfermagem, criado para formar especialistas em Enfermagem Obstétrica, foi reconhecido como Curso de Enfermagem pelo padrão da Escola de Enfermagem Anna Nery. Em 1942, após a formação da primeira turma, houve o reconhecimento da EEHSP pelo governo federal.

O ano de 1943 marcou o início de uma série de eventos históricos:


 O legado de Madre Maria das Dores ecoa até os dias de hoje. Sua visão e sua dedicação pavimentaram o caminho para uma Enfermagem desbravadora e qualificada. Ela não apenas moldou uma escola, mas também uma profissão. A história conta o sacrifício dela e das demais professoras que moraram no HSP enquanto ele era construído. Elas ocuparam os quatro primeiros andares em sua construção, e a escola funcionava dentro do hospital. A administração da escola e a diretoria de Enfermagem do hospital foi exercida pela mesma e pelas demais diretoras até 1970. A diretoria administrativa foi igualmente exercida por uma irmã da mesma congregação. É com profundo respeito e gratidão que lembramos da primeira diretora da EEHSP. 

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Madre ÁureaDiretora da Escola de Enfermeiras do Hospital São Paulo (1944 a 1945; 1948 a 1973)

Nascida Áurea Vieira da Cruz, deixou uma marca indelével na história da Enfermagem brasileira. Diplomada pela EEHSP, ela assumiu a direção da escola em 1944, mas, em 1945, solicitou licença para ingressar na Congregação das Franciscanas Missionárias de Maria, retornando como Madre Áurea Vieira da Cruz. Nesse período, novamente, Madre Marie Domineuc assumiu a direção da escola como diretora interina. Madre Áurea exerceu concomitantemente a direção da escola e da Divisão de Enfermagem do HSP até 1970, quando uma primeira ex-aluna passou a ocupar o cargo de Direção da Divisão de Enfermagem do HSP. Seu cargo de gestão da Direção da Escola Paulista de Enfermagem finalizou em 1972. Madre Áurea não apenas liderou a escola, mas também se destacou por sua atitude proativa em um tempo em que poucas mulheres se manifestavam publicamente.

Durante seu mandato, Madre Áurea buscou apoio não apenas do Ministério da Educação e Cultura, mas também da Prefeitura de São Paulo. Sua incansável dedicação resultou na conquista de um terreno para a construção do prédio da Escola de Enfermagem. Em 1972, a EEHSP ganhou maior status ao garantir uma sede física. Nesse mesmo ano, tiveram início dois cursos de especialização, sendo eles em Enfermagem Obstétrica e Obstetrícia Social e outro em Pediatria e Puericultura. O legado de Madre Áurea Vieira da Cruz permanece como um farol, iluminando o caminho para uma Enfermagem forte e comprometida. Sua determinação e visão moldaram não apenas uma escola, mas também toda uma profissão.

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Francisca Nogueira Soares (Madre Maria do Cristo Redentor)Diretora da Escola Paulista de Enfermagem (1973 a 1976)
Primeira Professora Doutora da Escola Paulista de Enfermagem. Seu Doutorado foi em filosofia. Assumiu a direção da escola num período crucial de sua história. Notável, era feminista, combativa e visionária. Colocava-se frontalmente contra a federalização da Escola Paulista de Enfermagem (EPE) como Departamento de Enfermagem da EPM, pois antevia o estrangulamento administrativo da EPE, o que traria prejuízo ao seu crescimento, impactando no ensino, na pesquisa e na extensão. Por inúmeras vezes, conseguiu retirar da mesa do Presidente da República a federalização da EPE como Departamento Administrativo da EPM. Um de seus grandes feitos foi à época da ditadura militar, por colaborar com os estudantes de Enfermagem e Medicina que estavam sendo perseguidos politicamente. Apoiou financeiramente as viagens deles a Brasília, para que apelassem ao Ministro da Educação da época, Jarbas Passarinho, por ajuda financeira às escolas e ao HSP.
Era tenaz e, muitas vezes, incompreendida, tanto que, em 1978, na gestão da primeira diretora laica, a escola foi federalizada como departamento da EPM. Na ocasião, as professoras solicitaram demissão da Sociedade Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, mantenedora da EPE, para serem admitidas na EPM. Madre Cristo Redentor, ao contrário das demais, foi sumariamente demitida. A conscientização que ela fez aos estudantes se transformou em missão de vida para o retorno dessa importante instituição ao seu status de escola. O legado de Francisca Nogueira Soares continua vivo na consciência política exercida durante sua gestão. Sua dedicação e liderança deixaram uma marca indelével na história da Enfermagem e na formação de profissionais comprometidos, qualificados e que se veem como seres políticos.
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Esmeralda AugustoChefe do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina (1976 a 1982)
Formada pela EEHSP em 1977, no ano do marco histórico da federalização da escola, quando a Escola Paulista de Enfermagem foi incorporada como um Departamento da EPM. A Profa. Esmeralda Augusto, a primeira diretora “laica” da instituição, assumiu a chefia do Departamento de Enfermagem de 1976 a 1982. Na época, a reforma universitária solicitava que os docentes se titulassem, o que motivou no país a criação dos cursos de especialização e, posteriormente, Mestrados e Doutorados acadêmicos. No mesmo período, o curso de especialização em Enfermagem do Trabalho foi iniciado na EPE, demonstrando o compromisso da instituição com a formação especializada e as necessidades do mercado de trabalho. Em 1978, outro marco importante foi o primeiro curso de pós-graduação Stricto Sensu: o Mestrado em Enfermagem Pediátrica e Pediatria Social.
Em 1979, houve a implantação do Curso de Especialização em Enfermagem Médico-Cirúrgica e o credenciamento do Mestrado criado no ano anterior, consolidando a posição do Departamento de Enfermagem como uma instituição de ensino de ponta. Em 1980, o Departamento de Enfermagem iniciou a implantação do Mestrado em Enfermagem Obstétrica, abrindo novos horizontes de pesquisa e formação para os profissionais da área. A Profa. Esmeralda Augusto era um ser agregador e humano, qualidades requeridas à época de perda de autonomia administrativa.
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Lais Helena RamosChefe do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina (1982 a 1988; 1991 a 1994)
Graduada em Enfermagem pela EEHSP no ano de 1970, fez o Mestrado e o Doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP), na década de 1980. Como Chefe do Departamento de Enfermagem da EPM, a Profa. Laís Helena Ramos alcançou vários marcos. Em especial, destaca-se o credenciamento do Mestrado em Enfermagem Obstétrica, um feito que elevou o prestígio da instituição. Além disso, seu período foi marcado pelo último ano do Curso de Especialização em Enfermagem do Trabalho e pelo início do curso de Mestrado em Saúde do Adulto, em 1984, e do curso de Doutorado em Enfermagem Materno e Infantil, em 1986, demonstrando o compromisso contínuo com o avanço da pesquisa e da formação na área. Nesse período aconteceu, sem sucesso, uma tentativa de reaproximação entre o Departamento de Enfermagem e a Divisão de Enfermagem do HSP.
A Profa. Laís Helena Ramos também foi responsável pela criação do Conselho de Enfermagem do HSP, além do Curso de Especialização em Enfermagem Psiquiátrica. Em 1992, outro marco significativo foi alcançado, com o credenciamento do Doutorado em Enfermagem Materna e Infantil. Outra ocasião significativa foi a colaboração entre as enfermeiras do HSP e as docentes do Departamento de Enfermagem, na promoção da reestruturação da Divisão de Enfermagem do hospital. Em 1992, durante sua gestão como Chefe de Departamento de Enfermagem da EPM, a Profa. Dra. Alba Lúcia Bottura Leite de Barros foi convidada pela diretoria do HSP para assumir o cargo de Chefe da Divisão de Enfermagem. A Profa. Laís Helena foi uma líder imponente, que, com sua visão, trouxe várias conquistas para o Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Enfermagem.
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Rosa Apparecida Pimenta de CastroChefe do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina (1988 a 1991)
Graduada pela EEHSP em 1965, fez Mestrado em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da USP nos anos 1980. Desempenhou papel crucial como Chefe do Departamento de Enfermagem da EPM. Seguindo os passos da renomada Profa. Wanda de Aguiar Horta, ela liderou a implantação do Processo de Enfermagem no HSP, na Unidade de Pneumologia, ao lado das Profas. Maria Gaby Rivero de Gutiérrez e Mariana Fernandes de Souza, influenciando as enfermeiras e docentes do HSP sobre a importância da utilização desse referencial em demais unidades hospitalares, bem como no ensino de graduação. Em abril de 1988, sob sua gestão, nasceu a revista Acta Paulista de Enfermagem, uma contribuição valiosa para a disseminação do conhecimento na área.
Seu compromisso com o avanço da Enfermagem também se refletiu na integração do acervo da Biblioteca da Enfermagem à Biblioteca Central da EPM em 1990. Durante o período de seu mandato, houve a criação dos primeiros Grupos de Estudo e Pesquisa nas diferentes áreas do conhecimento. O legado da Profa. Rosa Apparecida Pimenta de Castro transcendeu sua gestão. Exerceu liderança firme e humana, acreditando no ensino, na assistência de qualidade e no desenvolvimento dos docentes, estimulando a se titularem. Organizou o evento em comemoração aos 50 anos do Departamento de Enfermagem da EPM. 
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Lucila Amaral Carneiro ViannaChefe do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina (1994 a 2000) e Diretora da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (2011 a 2013)
Graduou-se em Enfermagem pela EEHSP em 1972. Realizou o Mestrado e o Doutorado em Saúde Pública na década de 1980, trilhando um caminho brilhante na assistência, no ensino e na pesquisa nessa área de conhecimento. Foi Chefe do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina e diretora da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo após a criação da unidade universitária da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo, em 2010. Em sua gestão, as disciplinas que compunham o antigo Departamento de Enfermagem voltaram ao status oficial de departamentos. Durante sua gestão, em 1995, a Profa. Alba Lucia Bottura Leite de Barros, que estava à frente da Diretoria de Enfermagem do HSP, propôs, com o superintendente do HSP, o Prof. Dr. Oswaldo Shigueomi Beppu, a criação da Residência de Enfermagem nas diferentes especialidades, recebendo apoio da Profa. Lucila, marco que impulsionou a formação especializada. Posteriormente, a residência foi reconhecida como especialização.
Além disso, também em 1995, ocorreu o início da aplicação do Teste Progresso, refletindo o compromisso com a avaliação contínua do ensino e da aprendizagem. A Profa. Lucila ocupou o cargo de Chefe de Gabinete da Reitoria da Unifesp na gestão do Prof. Ulysses Fagundes Neto. Além disso, a professora ocupou o cargo de Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem e organizou o evento em comemoração aos 60 anos do Curso de Graduação em Enfermagem do Departamento de Enfermagem da EPM.
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Conceição Vieira da Silva OharaChefe do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (2000 a 2006)
Graduada em Enfermagem pela Escola de Enfermagem Magalhães Barata, atual Universidade Estadual do Pará, em 1977, teve Habilitação em Enfermagem Obstétrica, em 1978 pela mesma escola; Especialização em Enfermagem Materno-Infanto Juvenil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1979; e Mestrado e Doutorado em Enfermagem Pediátrica na década de 1990 pelo Departamento de Enfermagem da EPM. Foi Profa. Titular do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo e exerceu a presidência e a vice-presidência da Sociedade Brasileira de Enfermeiros Pediatras (Sobep). Além disso, atuou como Pró-Reitora de Extensão, Pró-Reitora Adjunta de Assuntos Estudantis, Diretora Administrativa da Fundação de Apoio à Unifesp (FAP), Diretora Pró-Tempore da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – Campus Guarulhos e Diretora Administrativa do Núcleo de Educação Infantil da Escola Paulistinha de Educação – todos esses cargos vinculados à Unifesp. Além disso, foi presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), seção São Paulo. Uma característica marcante da professora no Departamento de Enfermagem da EPM e na universidade foi a de mediadora de conflitos.
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Alba Lucia Bottura Leite de BarrosChefe do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (2006 a 2011)
Graduada em Enfermagem pela EEHSP (1974), com Habilitação em Enfermagem Médico-Cirúrgico pela EEHSP (1975), Especialização em Enfermagem Médico-Cirúrgica pelo Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (1979), Mestrado em Fisiofarmacologia pela  Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (1987), Doutorado em Fisiofarmacologia pela  Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (1989) e Livre-Docência em Enfermagem pela Unifesp (1998). Desde 2004, a Profa. Alba é Titular da EPM, destacando-se como líder no campo da Enfermagem nacional e internacional e contribuindo com a internacionalização da escola. Seu compromisso com a excelência acadêmica foi ainda mais evidente durante sua gestão como Chefe do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, de 2005 a 2011.
Teve papel fundamental na luta para o retorno do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo como uma unidade acadêmica da Unifesp, o que ocorreu em 2010, compromisso assumido enquanto estudante de graduação, sob a direção de Madre Francisca Nogueira Soares, quando foi presidente do Centro Acadêmico Dom José Gaspar. Foi Editora-Chefe e Editora Científica da revista Acta Paulista de Enfermagem entre os anos de 2006 a 2011, indexando a revista nas melhores base de dados internacionais. O compromisso de longa data com a excelência acadêmica na área de cardiologia, com o ensino no curso de graduação e a coordenação do curso de Especialização em Enfermagem em Cardiologia desde a década de 1980 atraiu estudantes e profissionais de Enfermagem interessados em cardiologia de todo o país. Foi enfermeira da primeira unidade de especialidade do HSP, a Unidade Cardiorrespiratória, de 1975 e 1978, quando iniciou seu trabalho como docente na do Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo.  Foi Diretora de Enfermagem do HSP de 1992 até 2003. Foi durante sua gestão no HSP que instituiu o Curso de Especialização em Enfermagem/Modalidade Residência e implementou o Processo de Enfermagem, reconhecido nacional e internacionalmente. Implementou mudanças na gestão da Divisão de Enfermagem, transformando-a numa diretoria, informatizou processos de trabalho e contribuiu com a capacitação da equipe de Enfermagem do hospital nos níveis médios e universitários (Mestrados e Doutorados). Fez várias ações para aproximar os docentes da EPE dos enfermeiros do HSP e valorizar os enfermeiros do HSP. Foi diretora do Departamento de Enfermagem da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). Em 2003, lançou a primeira edição do livro Anamnese e Exame Físico, atualmente na quarta edição.Durante esse período, a Profa. Alba liderou iniciativas que solidificaram a posição da universidade como uma referência internacional em Enfermagem. Como responsável por supervisionar traduções de classificações da NANDA-I e do Center of Nursing Classification do College of Nursing da University of Iowa, houve o reconhecimento internacional de sua expertise e para a instituição, além do envolvimento em padrões globais de prática em Enfermagem, fortalecendo os laços da universidade com organizações internacionais de renome, recebendo vários prêmios nacionais e internacionais.
Suas parcerias internacionais com pesquisadores relevantes, colaborações em projetos de pesquisa, intercâmbios de conhecimento e atuação como membro líder da comunidade no capítulo Rho Upsilon Theta Tau International desde 2002, possibilitaram a formação de uma rede global de contatos e colaboração com profissionais de Enfermagem de diversos países, promovendo a disseminação de conhecimento e melhores práticas, além de trazer oportunidades de desenvolvimento profissional em um contexto global. Essas atividades contribuíram para a projeção da universidade como uma instituição de referência em Enfermagem em nível internacional, fortalecendo sua reputação e atraindo estudantes, pesquisadores e profissionais de todo o mundo. Ao organizar e celebrar os 70 anos da EPE, a Profa. Alba convidou um historiador, o Prof. Jaime Rodrigues, e a Profa. Márcia Barbieri para coordenarem o livro Memórias do Cuidar, publicado pela FAP Unifesp, presidida pelo Prof. Durval Rosa Borges. A escola, nessa ocasião, também foi modernizada, com novos anfiteatros, área de lazer e copa, garantindo espaço humanizado para todos, além de ser submetida a um planejamento estratégico, com assessoria externa financiada pelo reitor, o Prof. Dr. Ulysses Fagundes Neto.
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Sonia Maria Oliveira de BarrosDiretora da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (2013 a 2015)
Graduada em Enfermagem pelo Departamento de Enfermagem da Escola Paulista de Medicina, em 1977, com Mestrado em Enfermagem Obstétrica e Doutorado em Enfermagem Materna e Infantil, ambos pelo Departamento de Enfermagem da EPM, na década de 1990, obteve o título de Livre-Docente em Enfermagem na Saúde da Mulher pela Escola de Enfermagem da USP, em 2000, e foi Professora Titular da Unifesp. Como Diretora da Escola Paulista de Enfermagem, a Profa. Sonia contribuiu com a modernização do escritório da revista Acta Paulista de Enfermagem e com a inserção em mais bases de dados internacionais, legado valioso para a EPE, demonstrando que a excelência acadêmica e a liderança comprometida contribuíram para a excelência da nossa escola. Foi membro titular da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) de 2003 a 2011. Foi Diretora da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein de 2000 a 2006 e Vice-Diretora da EPE de 2012 a 2013.
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Janine SchirmerDiretora da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (2015 a 2019; 2019 a 2020; 2023 a 2027)
Graduada em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, em 1983, com Mestrado em Enfermagem Obstétrica e Doutorado em Enfermagem Materno e Infantil pelo Departamento de Enfermagem da EPM em 1989 e 1995, respectivamente. Em 2001, obteve o título de Livre-Docência em Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica pela USP. Foi Profa. Titular, Diretora da EPE e Editora-Chefe da revista Acta Paulista de Enfermagem. Também ocupou os cargos de Pró-Reitora de Administração da Unifesp e Vice-Presidente do Conselho Gestor do Hospital São Paulo – Hospital Universitário da Unifesp.
Foi Membro da Equipe Técnica da Coordenação da Saúde da Mulher no Ministério de Saúde, Coordenadora da Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde e Membro da Câmara Técnica Nacional de Ética e Pesquisa em Transplantes do Ministério da Saúde e Coordenação do Programa de Residência Multiprofissional em Transplante e Captação de Órgãos e Tecidos. Sua gestão na EPE tem sido combativa e comprometida pela excelência do ensino, da pesquisa e da extensão. Organizou o evento em comemoração aos 80 anos da EPE e está à frente da organização da atual comemoração dos 85 anos da EPE.
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Alexandre Pazetto BalsanelliDiretor da Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo (2020 a 2023)
Graduado em Enfermagem pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, em 2001, especializado em Enfermagem em Terapia Intensiva e Gerenciamento dos Serviços de Enfermagem, obteve seu Mestrado e Doutorado na EPE e Pós-Doutorado pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP, tornando-se um dos grandes expoentes da Enfermagem. Foi Vice-Diretor da EPE da Unifesp, nos anos de 2019 e 2020, Editor-Chefe da revista Acta Paulista de Enfermagem e, atualmente, é Coordenador do Curso de Graduação em Enfermagem da EPE e Presidente do Conselho Estratégico do HSP – Hospital Universitário da Unifesp. Como Diretor da EPE, o Prof. Alexandre demonstrou sua dedicação e seu compromisso com o avanço da Enfermagem. Esteve à frente da EPE durante a pandemia da Covid-19 e liderou a manutenção do ensino, da pesquisa e da extensão nessa época de grandes mudanças. Sua liderança foi essencial para o fortalecimento da nossa escola, e sua contribuição como diretor foi fundamental para o crescimento e sucesso da nossa universidade.

Jornada até os dias atuais...

Assim, chegamos ao fim desta jornada fascinante, em que a evolução da gestão da escola foi contada e contextualizada. Ao longo do tempo, transformações responderam aos momentos políticos e da saúde da população brasileira enfrentados, garantindo o ensino, a pesquisa, a assistência e a extensão de qualidade, compromissos assumidos por todos os que participaram da liderança da escola.Cada gestão deixou sua marca indelével em nossa instituição. A história continuará sendo construída por todos que estão e estarão imbuídos do mesmo sentimento e compromisso com a nossa unidade universitária, a EPE.Deixamos um agradecimento a todos que fizeram parte desta história participando de sua construção, sua manutenção e seu crescimento, gerenciados por seus líderes. Afinal, uma gestão se faz com e para as pessoas.

Texto elaborado pelas: Profa. Dra. Alba Lucia Bottura Leite de Barros e Profa. Dra. Maria Angélica Sorgini Peterlini.





Por fim, seguem abaixo alguns registros da atual Escola Paulista de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo...